A Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU), maior central sindical da Coreia do Sul, anunciou nesta terça-feira (3), manhã de quarta-feira (4) em Seul, uma greve geral por tempo indeterminado para exigir a renúncia do presidente Yoon Suk-yeol. Uma entidade, que representa mais de um milhão de trabalhadores de setores estratégicos, como os operários da Hyundai Motors, especificações para os próximos dias um grande protesto no centro de Seul, onde os sindicalistas reafirmaram sua posição contra o governo atual.
A greve é uma resposta direta à recente declaração de lei marcial por Yoon, que foi rejeitada pelo Parlamento e suspensa posteriormente pelo presidente. A ação expõe a crise política no país.
Yoon Suk-yeol havia decretado lei marcial durante a noite de terça-feira (3) em Seul, justificando a medida como necessária para combater “atividades antinacionais” e proteger a ordem constitucional. O decreto gerou forte resistência no Parlamento, liderado pela oposição do Partido Democrático da Coreia (DPK), que possui maioria. Numa sessão emergencial, os parlamentares aprovaram por unanimidade a revogação da lei marcial, com 190 votos a favor.
Com a decisão do Parlamento, as tropas que foram enviadas à Assembleia Nacional conseguiram se retirar. Horas depois, Yoon anunciou a suspensão da medida, dirigindo críticas ao Parlamento: “Solicitamos à Assembleia Nacional que cesse imediatamente suas ações imprudentes que paralisam as funções do Estado por meio de repetições de processos de impeachment, manipulações legislativas e orçamentárias.”
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