Os números foram divulgados pelo Banco Central. Os economistas dos bancos também aram a estimar uma alta maior do PIB neste ano, e um aumento maior de juros em 2025. Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,64% para 4,63%. Mesmo assim, a projeção segue acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%. As expectativas, fruto da pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório “Focus” divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deverá escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. A previsão do mercado de que a inflação ficará acima do teto da meta neste ano acontece após a divulgação do IPCA de setembro, que veio baseada em questões climáticas, como a seca, que impactou a energia elétrica e os alimentos. Além disso, segundo analistas, o aumento dos gastos públicos é outro fator que tem pesado para o aumento das projeções de inflação. O governo vem analisando há algumas semanas, com o objetivo de manter o pé o arcabouço fiscal, propostas de redução de gastos — ainda não anunciadas. ➡️Para 2025, entretanto, a estimativa de inflação deu uma forte guinada para cima na semana ada, avançando de 4,12% para 4,34%. ➡️E, para 2026, a expectativa subiu de 3,70% para 3,78%. A partir de 2025, a meta de inflação é considerada de 3% e será cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. 🔎Por que isso é importante? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem menos. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 3,10% para 3,17%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro cresceu de 1,94% para 1,95%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro continuaram evitando o aumento da taxa básica de juros da economia brasileira até o fim do ano. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, após dois aumentos. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia contínua em 11,75% ao ano, o que pressupõe uma nova elevação até o fim do ano. Para o final de 2025, o mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano. Com isso, os economistas aram a prever uma alta maior de juros no próximo ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5,60 para R$ 5,70. Para o fim de 2025, a estimativa avançou de R$ 5,50 para R$ 5,55. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção antecipada de US$ 77 bilhões para US$ 75 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo caiu de US$ US$ 76,7 bilhões para US$ 76,3 bilhões de superávit. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano arrecadou de US$ 71,5 bilhões para US$ 71,6 bilhões. Para 2025, a estimativa de ingresso chega a US$ 73,6 bilhões.
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