Ativismo judicial é uma invasão do Judiciário sobre a competência de outro poder. O Ministro não especificou a quais críticas se referia, mas citou, durante discurso, julgamento das emendas. O ministro Flávio Dino, do STF, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável Cadu Gomes/VPR O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (12) que as críticas sobre o “ativismo” da Corte – suposta interferência em outros Poderes – partem de pessoas que “não gostam” das decisões dos magistrados. O ministro fez a declaração durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, na qual representou o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. “O debate sobre o ativismo. 'Ah, o Supremo é muito ativista'. Eu, nestes poucos meses que lá estou, cheguei a uma conclusão: normalmente, essa crítica ao ativismo vem daqueles que não gostam da decisão do Supremo. O Supremo quando decide agrada alguém e desagrada alguém. Esse que é desagradado diz: 'o Supremo se mete em muita coisa', afirmou. Supremo está certo […]. O Judiciário que por silenciado ou amordaçado, isso só é possível em regimes ditatoriais”, completou Dino. O ministro não especificou a quais críticas estava se referindo quando fez as afirmações. Mas, antes da fala sobre as críticas sobre ativismo judicial, apresentando alguns temas que estão sendo analisados pela Corte, como a questão das emendas parlamentares “Nenhum julgamento relevante para o Brasil é feito sem o diálogo com a sociedade. Seja de emendas, orçamento, apostas, regulação de internet, meio ambiente”, declarou. A decisão do STF, que determina critérios mais rígidos de transparência e rastreabilidade para recursos indicados por deputados e senadores, desagradou aos congressistas e chegou a travar o avanço do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo ao Legislativo. Durante o pronunciamento que fez na reunião do “Conselhão”, Flávio Dino disse ainda que, apesar das críticas e tentativas de intimidação, o Poder Judiciário não pode se acovardar. “Nós não podemos imaginar um Supremo, um Poder Judiciário, que esteja intimidado, que esteja acovardado”, disse O magistrado acrescentou que o Judiciário “não é um poder político”, mas valoriza a soberania popular e a participação social. nos debates da sociedade.
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