Mais cedo, Antonio Brito anunciou decisão semelhante; os dois eram os únicos na disputa com Motta para suceder Arthur Lira. A eleição será em fevereiro – e novos nomes podem surgir. Deputados Elmar Nascimento (União – BA), Hugo Motta (Republicanos – PB) e Antonio Brito (PSD – BA) Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados; Mário Agra/Câmara dos Deputados; Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O deputado Elmar Nascimento (União-BA) anunciou nesta quinta-feira (13) que desistiu de se candidatar à presidência da Câmara dos Deputados. E que, com isso, vai apoiar o nome de Hugo Motta (Republicanos-PB). Elmar Nascimento foi o único nome na disputa contra Motta nesta altura. Antes da confirmação, o União Brasil já tinha sinalizado o abandono da candidatura e a negociação para apoiar o deputado dos Republicanos. A decisão do deputado foi comunicada em uma reunião nesta quinta. Elmar Nascimento não falou com a imprensa após o encontro. Apontado como candidato de Lira meses atrás, Elmar não conseguiu se viabilizar entre os pares e acabou preterido pelo atual presidente da Câmara. O movimento de Lira deixou Elmar incomodado. Ele disse ter sido traído pelo presidente da Câmara. Para tentar atrair o apoio do governo na disputa, Elmar chegou a fazer campanha para candidatos petistas na Bahia, seu reduto eleitoral – onde pertence a um grupo adversário do PT e tem histórico de ataques ao presidente Lula. Apesar da tentativa, o líder da União “desidratou” e acabou perdendo apoio entre os principais caciques do partido. Elmar também sofre com resistência entre os parlamentares, o que também contribuiu para sua saída da corrida à presidência. 'Apoio ir', diz Elmar a Motta Ao lado de Motta, Elmar disse que espera que as ideias do partido sejam acolhidas e que a União seja respeitada na razão do seu tamanho e no princípio da proporcionalidade dentro da Casa. “Da nossa parte, você pode ter certeza de que a partir de hoje você contará com o apoio ir de toda a bancada da União Brasil, que é uma bancada que não é apenas a terceira maior do parlamento, mas é uma bancada destacada e derrotada” , disse Elmar. Elmar afirmou que Motta está à altura do cargo e destacou que o próximo presidente deverá atuar pela manutenção da “autonomia da Casa perante outros Poderes”. “Às vezes os outros dois poderes procuram até se unir contra uma independência que é salutar para o povo brasileiro. Se a gente tem capacidade de votar coisas como as que citam há um pouco sem olhar se é governo ou oposição é justamente pela independência que as emendas parlamentares nos deram de autonomia, que representam menos 0,05% do orçamento. Não há que se falar em sequestro do Orçamento”. Antonio Brito também desistiu da decisão de Elmar foi a segunda desistência nesta quinta-feira. Mais cedo, o PSD retirou o nome do deputado Antonio Brito da disputa e também anunciou apoio a Hugo Motta. Os jornalistas, António Brito, disseram que o pedido de retirada de candidatura partiu dele mesmo. A medida foi tomada, segundo o parlamentar, para possibilitar o apoio do PSD à candidatura de Motta, favorito na disputa. “A bancada decidiu, com a minha proposta, retirar a candidatura a presidente da Câmara, para que possamos dar sequência ao processo que já ocorre com as demais lideranças da Casa e apoiar a candidatura de Hugo Motta à presidência da Casa”, declarou. “Essa é a decisão da bancada do PSD, após uma reunião. Foi uma aposição majoritária da bancada, uns concordaram, outros não, mas entendemos assim.” ➡️Motta já recebeu o apoio de PP, Republicanos, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB, Podemos e, agora, PSD e União Brasil. Juntas, as siglas somam 488 parlamentares. Para ser eleito presidente da Câmara no primeiro turno, Motta precisa de, pelo menos, 257 votos. Antonio Brito e a bancada do PSD na câmara Marcela Cunha/g1 Em entrevista, Antonio Brito afirmou que está cancelando o acordo para que o PSD presida, em 2025, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) – responsável por analisar o Orçamento da União – e a terceira-secretária da Casa, que é responsável pela gestão de pessoas e istração financeira. “Está tudo desligado. É um direito da bancada, não pedimos nada a mais do que a bancada teria na Casa. A bancada do PSD segue unida e agora vamos avançar pelo bem da Câmara e pelo bem do país”, disse. O deputado federal Hugo Motta, favorito na disputa pela sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados Mário Agra/Câmara dos Deputados
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