O o a recursos do governo federal fica condicionado à adesão à norma, que cita “valorização dos profissionais de segurança pública e respeito aos direitos humanos” O Ministério da Justiça, em Brasília Tom Costa/MJSP Em resposta a casos de violência policial, o Ministério da Justiça A justiça convenceu o governo Lula a editar norma que regulamenta o uso da força policial e de instrumentos de menor poder ofensivo em abordagens. O decreto, publicado no Diário Oficial desta terça (24), cita como finalidade a “valorização dos profissionais de segurança pública e respeito aos direitos humanos”. A norma, elaborada pelo ministro Ricardo Lewandowski, é uma resposta à sequência de registros de abusos por parte de alguns policiais, como o caso do PM que lançou um homem desarmado e rendido do alto de uma ponte em São Paulo. O decreto ressalta que o uso da força por parte da polícia deve ser sempre baseado na legalidade e compatível com o risco da operação pretendida. O texto diz, por exemplo, que o “uso da força e de instrumentos de menor potencial ofensivo somente poderá ocorrer para a consecução de um objetivo legal e nos limites limites da lei” e que “o nível da força utilizada deve ser compatível com a gravidade da ameaça apresentada pela conduta das pessoas envolvidas e pelos objetivos legítimos da ação profissional de segurança pública”. A norma também veda o uso de arma de fogo contra “veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando o ato representar risco de morte ou lesão a profissionais de segurança pública ou a terceiros”. O trecho remonta ao caso de um músico, no Rio, que estava com a família no carro e foi fuzilado com cerca de 80 tiros por militares. A adesão à norma não é obrigatória, mas o Ministério condiciona o o aos recursos federais ao enquadramento dos fundamentos do decreto. O MJ ainda cria um Comitê Nacional de Monitoramento do Uso da Força, que vai monitorar a adequação das forças à nova determinação.
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