O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse que o atentado ocorrido no aeroporto de Guarulhos, na semana ada – quando um empresário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) foi executado durante o dia – é uma “oportunidade para o governo Lula dar uma resposta dura às facções”.
O crime ocorreu na tarde da última sexta-feira (8), no Terminal 2 do aeroporto, quando o empresário Antônio Vinícius Gritzbach foi morto a tiros por homens encapuzados.
Gritzbach era suspeito de ser o mandante do assassinato de dois membros do PCC; havia se tornado delator junto ao Ministério Público; e foi acusado pelo PCC de ter desviado R$ 100 milhões da facção.
“O PCC se permite a audácia de entrar no maior aeroporto do Brasil e executar, com tiros de fuzil, uma testemunha. Atuam à vontade, à luz do dia. Ou o estado brasileiro acaba com as facções ou as facções tomarão de vez o estado brasileiro”, disse Caiado ao comentar o caso em seu perfil no X, no sábado (9).
“O atentado foi incidente no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Uma área sob jurisdição federal. Um crime possivelmente fruto de delação sobre lavagem de dinheiro envolvido no tráfico, que também é da alçada do governo federal”, completou.
O governador ainda disse que nos Estados Unidos um crime federal dessa proporção seria resolvido pelo FBI (Departamento Federal de Investigação)mas no Brasil “o governo federal fica visualizado”.
“Está aí uma oportunidade para o governo Lula dar uma resposta dura às facções, solucionando o crime e pegando os responsáveis. Para isto não precisa de PEC e nem de amarrar as polícias estaduais. Precisa de ação”, disse Caiado.
Também no sábado, a Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito na superintendência de São Paulo para apurar o caso ocorrido no aeroporto de Guarulhos.
PEC da Segurança
Ao participar da reunião convocada pelo governo Lula, no fim do mês ado, para apresentação da PEC da Segurança Pública, Caiado fez duras críticas à proposta e disse que a iniciativa é uma tentativa de “usurpação de poder” dos estados.
Durante a reunião, Caiado também disse que não aceitará “ordens do Governo Federal”. De acordo com o governador, é preciso “autonomia para legislar sobre o código penal”.
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