Os investigadores apuraram a suspeita de monitoramento ilegal de autoridades e políticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, o deputado federal Alexandre Ramagem é um dos investigados. Ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ) é atualmente deputado federal Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados A Polícia Federal pretende encerrar ainda este ano o inquérito sobre o uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades e políticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL). A afirmação é do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. A PF vê um entre o inquérito, que ficou conhecido como “Abin paralelamente”, a tentativa de dar um golpe de Estado em 2022 que antecedeu até o assassinato de autoridades, revelado em detalhes na semana ada. Ao apresentar o indiciamento de Bolsonaro e mais 36 suspeitos, o investigador afirmou que havia acusado de que os golpistas dividiam suas tarefas em “núcleos” – incluindo um “Núcleo de Inteligência Política”. A lista de indiciados no inquérito do golpe inclui o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, atual deputado federal, que comandou o Órgão no governo Bolsonaro. Ele também já foi interrogado no inquérito da 'Abin Paralela', aberto a partir da operação Última Milha. Delegados descobertos, por exemplo, que Ramagem chegou a gravar uma reunião entre o presidente Bolsonaro e os advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL). O encontro discutiu formas de ação dos órgãos federais para montar a estratégia de defesa de Flávio, filho do então presidente, em um processo na Justiça. O áudio faz parte da investigação aberta em 2023. Ramagem também já foi alvo de mandatos de busca e apreensão. Até agora, a PF já acordos políticos e jornalistas que foram monitorados ilegalmente. O blog tenta contato com Ramagem, mas ainda não obteve retorno. Depoimentos sigilosos Em setembro, o investigador interrogaram agentes da Abin que seriam responsáveis por ar o software First Mile ilegalmente para monitorar autoridades. A polícia quer identificar quem fez os os ilegais – e quem deu o comando para esses os. Os delegados também pretendem concluir uma linha de investigação que apura uma tentativa de obstrução da Justiça. No fim das investigações, os responsáveis podem responder por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
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