Depois do anúncio de que o ministro Paulo Pimenta vai deixar a Secretaria de Comunicação Social da Presidência para dar lugar ao marqueteiro Sidônio Palmeira, cresceu a expectativa de deputados da base governista por outras mudanças na Esplanada dos Ministérios. Uma dessas mudanças envolveu a bancada do PSD. O partido ainda não foi chamado para conversar. Mas tem dado sinalizações de que não aceita mais a Pesca como espaço na Esplanada. E tem enviado recados ao Planalto de que sua fidelidade precisa ser recompensada. Sidônio Palmeira vai assumir a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República O PSD tem 44 deputados. A sigla tem, ao todo, três ministérios: Agricultura, Minas e Energia e Pesca. Só que os dois primeiros são da bancada do partido no Senado. Apenas a Pesca é da bancada da Câmara. A massa é vista como de pouca capilaridade e com poucos recursos. “Nos prometemos o Turismo, depois entregamos a Pesca. Prometeram a Funasa [Fundação Nacional de Saúde] e não entregaram. O PSD tem cumprido a parte dele no acordo. É o partido da base que mais entrega votos. E fez um gesto mesmo com a bancada insatisfeita no Pacote Fiscal”, disse um experiente deputado da bancada. Contemplar o PSD pode ser estratégico para a articulação política do governo antes do início do ano legislativo. O governo tem visto aumentar as dificuldades para a formação de maioria na Câmara, especialmente depois das decisões do ministro Flávio Dino, que determinaram maior transparência nas emendas parlamentares, e na descoberta da abertura de um inquérito na Polícia Federal que investiga irregularidades associadas ao tema No fim do ano, o presidente da Casa, Artur Lira (PP-AL), disse aos interlocutores que Lula precisava fazer um freio de arrumação nos seus ministérios “Tem partido com espaço demais que entrega pouco e partido com pouco espaço que entrega muito. É preciso fazer uma rearrumação do equilíbrio de forças”, afirmou o presidente.
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