O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (3) o bloqueio da fusão da US Steel com a empresa japonesa Nippon Steel por razões de segurança nacional e para garantir que o país “tenha uma indústria siderúrgica forte, de propriedade e operação nacional”.
“Esta aquisição colocaria um dos maiores produtores de aço dos Estados Unidos sob controle estrangeiro e criaria um risco à nossa segurança nacional e às cadeias de suprimentos críticos”, disse Biden em um comunicado.
No mês ado, uma agência federal deixou a carga do presidente em fim de mandato decidir sobre a fusão entre a US Steel e a Nippon Steel, e nesta sexta-feira, o governante democrata americano decidiu freá-la, algo que o presidente eleito Donald Trump , que tomará posse em 20 de janeiro, já havia prometido fazer.
O presidente dos EUA declarou que é sua “responsabilidade solene” responder à tentativa de compra da US Steel, sediada na Pensilvânia, “bloqueando a propriedade estrangeira desta vital empresa americana”.
“A US Steel continuará sendo uma empresa americana americana; uma que é de propriedade americana, operada por americanos e com sindicatos americanos de trabalhadores da siderurgia”, acrescentou.
O bloqueio formal da fusão siderúrgica frustrou um acordo de US$ 15 bilhões que criaria uma gigante da indústria pesada capaz de competir com empresas como a ArcelorMittal e companhias chinesas desenvolvidas pela Baowu Steel.
A fusão foi vista como necessária por alguns especialistas para manter a competitividade da US Steel, que já foi a maior empresa americana e do mundo.
A posição de Biden foi evidenciada como uma mudança em direção ao protecionismo que se afastou da filosofia de abertura em relação aos investimentos que dominou a cultura regulatória americana por décadas e que começou a mudar com a chegada de Trump ao poder em 2017.
Segundo informações, é provável que a Nippon Steel conteste a decisão do governo americano na Justiça, já expressou anteriormente sua intenção de tomar medidas legais se a fusão estivesse bloqueada.
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