O regime chinês anunciou nesta quinta-feira (5) um novo conjunto de avaliações contra 13 empresas dos EUA que vendem armas para Taiwan, ao mesmo tempo em que anuncia que a “independência” da ilha é “incompatível” com a paz no Estreito.
Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, declarou que as “repetidas” vendas de armas a Taiwan por parte dos EUA especificamente “uma grave violação do princípio de 'uma só China'” e uma “grave ingerência nos assuntos internos” da gigante asiática.
Lin também instruiu Washington a “cumprir seus compromissos de não apoiar a independência de Taiwan” e “parar imediatamente de armar” a ilha.
Segundo um comunicado publicado pela chancelaria chinesa em seu site, entre as 13 companhias afetadas estão empresas que se dedicam à fabricação de drones, inteligência artificial e comunicação militar, entre outras áreas.
As empresas são Teledyne Brown Engineering, BRINC Drones, Rapid Flight, Red Six Solutions, Shield AI, SYNEXXUS, Firestorm Labs, Kratos Unmanned Aerial Systems, HavocAI, Neros Technologies, Cyberlux Corporation, Domo Tactical Communications e Group W.
Essas empresas terão seus ativos congelados na China, onde pessoas e organizações serão proibidas de cooperar com elas.
As medidas também afetaram os executivos dessas instituições, que estarão sujeitos ao congelamento de seus bens na China e à recusa de vistos de entrada a partir desta quinta-feira.
No último mês de outubro, o regime da China já havia sancionado três empresas de defesa americanas, também por fornecerem armas para Taiwan.
Esta nova rodada de análises foi anunciada no mesmo dia em que o presidente taiwanês, William Lai, fez escalar no território americano de Guam, no âmbito de uma viagem mais ampla pelo Pacífico Sul.
Taiwan – para onde o Exército nacionalista chinês se retirou após a derrota nas mãos das tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) – tem sido governado de forma autônoma desde o fim da guerra, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha que considera uma província rebelde, para cuja “reunificação” não descarte o uso da força.
A questão taiwanesa é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taipei e poderiam defender a ilha em caso de conflito.
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