O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, disse que o presidente do país, Gustavo Petro, não deveria comparecer à posse do ditador Nicolás Maduro na Assembleia Nacional da Venezuela, em 10 de janeiro, porque não foram apresentados nas atas de votação da eleição presidencial de julho.
“O presidente está convidado e essa será uma decisão que ele tomará e comunicará oportunamente. Afirmo que, se não há atas, não há reconhecimento. Se não há reconhecimento, não deve haver comparação a esse ato de posse”, disse Murillo, em entrevista à revista colombiana Semana publicada neste domingo (22).
No sábado (21), a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, havia convidado Petro para o pelotão do candidato de sua coalizão, Edmundo González, na mesma data.
“Estamos certos, independentemente de que Maduro faça nesse dia, que o destino do nosso país seja a liberdade”, afirmou Machado, também em entrevista à Semana.
Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dominado pelo chavismo, sustente que Maduro venceu González na eleição presidencial de julho, a oposição divulgou num site cópias de mais de 80% das atas de votação que comprovaram que seu candidato obteve a vitória.
González está desde setembro na Espanha, onde se asilou após a Justiça chavista ter ordenado sua prisão, mas tem afirmado que voltará à Venezuela para tomar posse em 10 de janeiro. O chavismo disse que ele será preso se retornar ao país.
Ao contrário de outros países, como Estados Unidos e Argentina, que consideraram González como vencedor da eleição presidencial, os governos do Brasil, México e Colômbia têm cobrador que sejam divulgados as atas de votação do pleito para que tomem uma posição sobre qual presidente vai reconhecer .
O Petro e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegaram a sugerir que outra eleição realizada na Venezuela, mas a ideia foi rechaçada pela oposição a Maduro.
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