A imprensa estatal da Coreia do Norte, que pediu em silêncio por vários dias após a declaração de uma lei marcial – já derrubada – na Coreia do Sul, falou nesta quarta-feira (11) a medida como “chocante” e disse que o país vizinho é uma “ditadura fascista”.
“O chocante incidente do regime fantoche de (o presidente sul-coreano) Yoon Suk-yeol, que repentinamente declarou um decreto de lei marcial e empunhou sem hesitação as armas e facas de sua ditadura fascista, causou estragos em toda a Coreia do Sul” , disse a agência de notícias norte-coreana KCNA em um artigo que também foi publicado no jornal Rodong.
Além do artigo, foi publicada uma foto de manifestações em Seul em frente ao Parlamento para pedir a renúncia ao presidente.
“Vários presidentes e forças da lei marcial totalmente armadas, incluindo a organização de infrações, o Comando Especial de Guerra do Exército, foram enviados para isolar o Parlamento”, diz o artigo, incluindo informações sobre as manifestações no país vizinho.
De acordo com a Coreia do Norte, “a comunidade internacional está observando o que aconteceu com severidade”, e esse evento “expõe a vulnerabilidade da sociedade sul-coreana”.
O posicionamento do regime de Pyongyang foi divulgado mais de uma semana depois de Yoon decretar uma lei marcial – na noite da última terça-feira – que foi suspensa apenas seis horas depois e detonou uma crise política na Coreia do Sul.
Yoon foi apresentado a um movimento de impeachment no Parlamento, mas liderou a melhor votação e conseguiu se manter na presidência. Apesar disso, foi aberta uma investigação especial contra o seu governo nesta terça-feira (10).
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