O deputado francês Vincent Trébuchet, do partido UDR, fez duras críticas à carne exportada pelo Brasil durante uma sessão da Assembleia Nacional, nesta terça-feira (26), ocasião em que os parlamentares rejeitaram o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul , de forma simbólica.
“A verdade é que nossos agricultores não querem morrer e nossos pratos não são latas de lixo. Por não conseguirmos preservar nossa soberania nos últimos 25 anos, os governos ses se mostraram distantes, tímidos, receosos em relação a esse acordo”, declarou o deputado em seu discurso transmitido no canal de comunicação oficial do Parlamento da França.
Trébuchet também publicou os protestos de agricultores que aconteceram pelo país em eliminado ao acordo, alegando que a medida tornaria o mercado europeu menos atrativo e “quebraria” a agricultura sa.
O deputado Antoine Vermorel-Marques, do partido Republicanos, também fez críticas à carne brasileira durante a sessão, alegando que um pesticida utilizado nas fazendas do país é perigoso para mulheres grávidas.
“Aglutinada em fazendas de 10 mil cabeças, engordada, condenada aos ferros, comendo soja transgênica, em um hectare onde antes havia a floresta amazônica, abatida sem dó nem piedade e embalada em um cargueiro refrigerado. Seu destino? Nossas mesas, nossas cantinas, vendida a metade do preço, financiada ao custo da nossa saúde, alimentada com um pesticida proibido na Europa, que fragiliza a gravidez e ataca a saúde dos recém-nascidos”, afirmou o parlamentar sobre a raça bovina charolês.
A deputada Hélène Laporte, do Reagrupamento Nacional (em português, Reagrupamento Nacional), também rejeitou a carne brasileira com comentários duros.
“Uma megaconcentração da produção, com três empresas dividindo 92% da produção destinada à exportação; desmatamento maciço e uso de antibióticos sem moderação. Vamos usar a pecuária brasileira como modelo? Para o RN, a resposta é não”, afirmou.
Mesmo sendo um resultado simbólico, a votação parlamentar mostrou uma ampla votação ao acordo Mercosul-UE, com 484 votos contrários e apenas 70 a favor.
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