O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, invejou nesta terça-feira (10) uma mensagem pública ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, desejando-lhe uma “rápida recuperação” após o líder petista ser submetido a uma cirurgia de emergência no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
“Nós lhe enviamos um grande abraço de Cuba”, escreveu Díaz-Canel nas redes sociais, reforçando sua proximidade ideológica com o mandatário brasileiro, a quem chamou de “irmão presidente do Brasil”.
A operação em Lula foi necessária para tratar uma hemorragia intracraniana causada por uma queda que ele sofreu no Palácio da Alvorada em outubro. De acordo com os médicos, o hematoma, localizado entre os crânios e o cérebro, foi drenado por meio de uma trepanação, procedimento que consiste em perfurar os crânios para ar uma área afetada.
Conforme os últimos boletins médicos, Lula, de 79 anos, encontra-se em condição estável na unidade de terapia intensiva e não apresentará sequelas neurológicas. Ele está consciente e falando normalmente, segundo a equipe médica.
O incidente que levou à internação de Lula aconteceu no dia 19 de outubro, quando ele caiu no banheiro da residência oficial em Brasília, batendo a cabeça e necessitando de cinco pontos na nuca. Dois meses depois, os sintomas de dor de cabeça se intensificaram, levando-o à hospitalização na noite desta segunda-feira (9).
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, também se manifestou sobre o caso, declarando que o país está atento à evolução da saúde de Lula.
Díaz-Canel, que liderou um regime amplamente criticado e denunciado pela repressão e manifestação dos direitos humanos em Cuba, demonstrado novamente por meio deste até sua camada com Lula, um dos poucos líderes ocidentais que mantém relações amistosas com o regime cubano.
Lula deverá permanecer hospitalizado até pelo menos a próxima segunda-feira (16), sob acompanhamento constante. A cirurgia, que durou cerca de duas horas, foi descrita pelos médicos como bem-sucedida.
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