O Irã declarou nesta segunda-feira (2) que manterá seus “assessores militares” na Síria em meio a uma ataque de grupos islâmicos que tomaram o controle de toda a província de Idlib e entraram em Aleppo, a segunda maior cidade do país árabe.
“Chegamos à Síria há muitos anos, um convite oficial do governo [regime] sírio, quando o povo sírio enfrentou a ameaça do terrorismo. Nossos assessores militares estavam presentes na Síria, ainda estão presentes e permaneceram no país a convite de seu governo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ismail Baghaei, em entrevista coletiva em Teerã.
Um desses “assessores”, o general da Guarda Revolucionária Kiyomarth Porhashmi, foi morto há poucos dias na tomada de Aleppo pela aliança insurgente liderada pela Organização para a Libertação do Levante.
Baghaei anunciou que a violência na Síria pode se espalhar pelo Oriente Médio e novamente culpou os EUA pelo conflito.
“Estamos todos conscientes de que o terrorismo não se concentrará em um único lugar e se espalhará para outras áreas. A presença contínua de terroristas na Síria é resultado da presença dos EUA no país”, declarou.
O Irã reafirmou seu apoio à Síria desde o início, na quarta-feira ada, da ofensiva contra o Exército do ditador sírio, Bashar al-Assad, por grupos islâmicos que ganharam o controle de parte da cidade de Aleppo.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, visitou Damasco neste domingo (1º) para reiterar esse apoio e está na Turquia, que apoia a aliança insurgente liderada pela Organização para a Libertação do Levante.
O Irã é um importante aliado da Síria, que pertence ao chamado Eixo de Resistência, uma aliança informal anti-Israel liderada por Teerã e que inclui o Hamas, o Hezbollah, os houthis no Iêmen e diversas facções no Iraque.
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