O líder da junta militar que governa Burkina Faso, capitão Ibrahim Traoré, destituiu por decreto, nesta sexta-feira (6), Apollinaire Kyélem de Tambèla, primeiro-ministro do país. O texto não esclarece as razões, mas define que os integrantes do governo “continuam istrando interinamente até a formação de um novo”.
Os militares do país da África Ocidental têm lutado contra insurgências islâmicas jihadistas, parte delas, ligadas à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Os confrontos duraram décadas e tiveram início após os terroristas se disseminarem através do Mali, país vizinho.
Apollinaire Kyélem de Tambèla foi nomeado primeiro-ministro interino logo após Traoré tomar o poder em setembro de 2022 — uma de uma série de golpes militares na terrível região do Sahel, na África Ocidental.
Ibrahim Traoré, quando assumiu o poder, prometeu agir com mais firmeza que os seus antecessores, mas a situação de segurança em Burkina Faso vem se deteriorando. Além disso, seu regime reprimiu a dissidência, segundo analistas, grupos de direitos humanos e trabalhadores humanitários.
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