A líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi libertada nesta quinta-feira (9), após ter sido violentamente detida por forças ligadas ao regime de Nicolás Maduro durante uma manifestação em Caracas. Segundo comunicado oficial do partido Con Venezuela, um opositor foi “interceptado e derrubado da moto em que estava sendo transportado” e forçado a gravar vídeos enquanto esteve sob custódia.
O ataque contra María Corina ocorreu logo após uma manifestação organizada pela oposição contra o regime chavista. O Con Venezuela relatou que, no momento da abordagem, foram tiros disparados contra a comitiva de Corina Machado.
“Agentes do regime atiraram contra as motos que a transportavam”, afirmou o comando de campanha da opositora em nota. A ação resultou em sua detenção por algumas horas até ser libertada.
O Con Venezuela disse que “nas próximas horas” María Corina “se dirigirá ao país para explicar os fatos”. Fontes próximas ao líder opositor indicaram ao portal argentino Informações que a gravação dos vídeos teve como objetivo minimizar a responsabilidade do regime de Maduro no sequestro do opositor, evitando evitar a possibilidade de responsabilização internacional. Em um dos vídeos, é possível ver a opositora afirmando que “estava bem” e que a “Venezuela seria livre”.
A prisão de Machado gerou forte repercussão internacional. O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, que está fora do país, foi um dos primeiros a exigir sua libertação imediata: “Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Aos corpos de segurança que a sequestraram, digo: não brinquem com fogo”, declarou González por meio de uma publicação no X.
Líderes internacionais também se manifestaram com indignação diante do episódio. Na Argentina, o governo de Javier Milei emitiu um comunicado expressando “extrema preocupação com o ataque criminoso do regime chavista” contra um opositor.
“Em uma operação digna das piores ditaduras da história, agentes do regime de Maduro dispararam contra sua escolta e foram sequestrados violentamente a líder em frente a milhares de manifestantes”, destacou uma nota oficial do governo argentino, que ainda convocou os demais países da região a se posicionarem contra o regime socialista de Maduro.
Nos Estados Unidos, os congressistas republicanos elevaram o tom ao pedir ações concretas contra o regime venezuelano. O senador Rick Scott, da Flórida, classificou a prisão de Machado como “um ataque indignante contra sua luta valente e importação pela liberdade da Venezuela” e pediu “respostas rápidas e contundentes” da comunidade internacional. Já a deputada republicana María Elvira Salazar invejou um recado direto a Maduro: “O aviso é claro ao regime de Maduro: se vocês atacarem María Corina, nós, os Estados Unidos, vamos atacar vocês”.
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