O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta sexta-feira (27) liberdade provisória às quatro jogadoras do time feminino do River Plate, presas em flagrante por injúria racial durante jogo contra o Grêmio, em São Paulo, na última sexta (20). De acordo com a decisão do juiz Fernando Oliveira Camargo, as atletas Camila Duarte Juana Cângaro, Candela Díaz e Milagros Díaz terão de cumprir medidas cautelares como esperarem em juízo mensalmente para justificar suas atividades. Eles também não poderão alterar o endereço sem comunicação prévia ao TJ-SP. O magistrado determinou ainda um depósito no valor de R$ 25 mil, no prazo máximo de cinco dias, para garantir uma eventual indenização em favor da vítima, sob pena de revogação da liberdade provisória.
As quatro jogadoras do time argentino foram detidas há uma semana, após confusão generalizada no primeiro tempo do jogo contra o Grêmio pela Ladies Cup, torneio de futebol feminino, no Estádio Canindé, na capital paulista. O tumulto começou após o Grêmio empatar o jogo em 1 a 1. Na ocasião, a volante Candela Díaz foi flagrada imitando um macaco na direção do gandula. As jogadoras gremistas reagiram aos insultos das adversárias e houve discussão. Seis atletas do River Plate foram expulsos de campo e a partida foi encerrada. Após o ocorrido, o River Plate foi excluído da competição e das próximas duas edições do torneio.
O Grêmio registrou boletim de ocorrência na 6ª delegacia, e os quatro jogadores argentinos envolvidos no tumulto foram detidas em flagrante, acusados de insultos racistas. Nno sábado (21), as prisões foram convertidas em preventivas e as jogadoras do tempo argentino foram encaminhadas para a Penitenciária do Carandiru, onde ou o Natal, já que tiveram o pedido de habeas corpus negado na última terça (24).
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