O ex-parlamentar foi levado para o Complexo de Bangu. Silveira, que segundo Alexandre de Moraes desrespeitou horário de recolhimento, entrou com pedido de reconsideração. Ele afirma que buscou esposa e foi para o hospital. Ex-deputado Daniel Silveira volta para a prisão poucos dias depois de liberdade condicional O ex-deputado Daniel Silveira violou as medidas impostas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, mesmo depois de ser atendido em um hospital de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, na noite do último sábado (20), segundo dados da tornozeleira eletrônica. O ex-deputado voltou a ser preso nesta terça, por não respeitar o horário de recolhimento, um dos critérios estabelecidos pela liberdade condicional, concedido por Moraes na última sexta-feira (20). O monitoramento do equipamento indica que o deputado fez um desvio de rota e ficou 20 minutos dentro de uma residência de luxo da cidade, no trajeto entre o hospital e sua residência. Daniel Silveira recebeu alta médica exatamente às 0h34, mas seu laudo médico só foi entregue três minutos depois. Ele deixou a unidade, então, 0h44, de acordo com o monitoramento da tornozeleira eletrônica que foi enviado ao ministro relator do processo. Em sua decisão do novo mandado de prisão, Moraes já tinha escrito que “Não bastasse isso, a liberação do hospital – se é que realmente existe a estadia – ocorreu às 0:34 horas do dia 22/12, sendo que a violação do horário estendeu-se até às 02h10 horas”. Agora, o ministro já sabe que o destino de Silveira foi o Condomínio Granja Santa Lúcia, que fica em Itaipava, a cerca de 35 minutos de distância do hospital. O endereço de sua residência cadastrada na Justiça é em Carangola, a 23 minutos da unidade de saúde onde foi atendido na noite de sábado. Pela lei, o fato de ter ido ao hospital sem autorização já caracterizou uma violação. E o ministro também escreveu isso na decisão proferida ontem: “Não houve autorização judicial para o comparação ao hospital, sem qualquer demonstração de urgência”. A comunicação, de fato, só foi feita pela defesa quase 24 horas mais tarde. Às 18h45 a Secretaria de istração Penitenciária (Seap), que faz o monitoramento das tornozeleiras, recebeu o ofício do advogado Paulo César Rodrigues Faria. Quinze minutos depois, às 19h de domingo, dia 22, a defesa também anexou a comunicação do atendimento hospitalar ao juízo. O condomínio de Itaipava também foi o primeiro endereço visitado por Silveira depois que saiu da cadeia, na sexta-feira. Na noite de sábado, antes de ir para o hospital, ele também estava neste local, de onde saiu às 21h30. “Conforme relatório juntado aos autos, Daniel Lúcio da Silveiradeixou sua residência às 20h52min do dia 21/12/24 e se aoendereço localizado no Condomínio Granja Santa Lúcia, ondepermaneceu até as 21h30min. Só então poderia-se ao Hospital Santa Tereza, tendo permanente nas dependências do Hospital durante o período das 22h16min do dia 21/12/24 até as 00h44min do dia 22/12/24”, escreveu o ministro na decisão que manteve Silveira preso, na audiência de custódia. Daniel Silveira não foi direto para casa. Seguiu novamente até o Condomínio Granja Santa Lúcia, onde chegou exatamente 1h34 da madrugada. Lá ficou 20 minutos parado, e às 1h54 batidas para sua casa, onde chegou 2h16. Ex-parlamentar já está em Bangu O ex-parlamentar, que foi levado para o Presídio de Benfica após a prisão, foi levado para o Complexo de Bangu. A diz defesa de que a esposa do ex-deputado mora neste condomínio, e que ele já se propôs trocar o endereço residencial informado à Justiça. No pedido de reconsideração feito pelos advogados, Silveira alega que “foi procurar a esposa em outro endereço, pois a mesma não se sente segura de forma alguma em permanecer no endereço atual, em razão da superexposição e insegurança, pois ela faria companhia no hospital” . Os advogados do ex-deputado entraram com um pedido de reconsideração nesta terça.
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