“Ele queria saber como tava o ambiente nas Forças [Armadas]e evidentemente que isso era uma coisa que já se esperava, todo mundo esperava. Há um constrangimento ao espírito de corpo de cada Força”, disse Múcio a jornalistas após despachar com Lula.
Enquanto Lula se recupera da cirurgia, com previsão de voltar a Brasília na quinta (19) dependendo do resultado do novo exame de imagem a que deve ser submetido, Múcio discute com o Exército medidas de ajuste fiscal e o andamento das investigações sobre a suposta tentativa de Golpe de Estado. A Polícia Federal aponta que Braga Netto era o pivô do esquema, que teria ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como mentor.
“Desejamos que todos esses que estão envolvidos respondam à Justiça. […] É necessário, precisa acabar pra gente olhar para frente e tirar a suspeita dos inocentes. Cada um entrou nisso com seus Fs, e a gente tem que preservar o CNPJ das três Forças”, completou Múcio.
Ele ainda informou que obteve conhecimento da operação contra Braga Netto e outro militar um dia antes da noite, após ser avisado pelo comandante-geral do Exército, Tomás Paiva. E somente na manhã da ação da Polícia Federal é que ele soube quais eram os alvos.
Braga Netto foi preso por suspeitas de que teria tentado interferir nas investigações ao buscar informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que delatou a suposta tentativa de golpe.
O militar está preso na 1ª Divisão do Exército do Rio de Janeiro em uma sala improvisada como cela com banheiro privativo, ar-condicionado e quatro refeições ao dia.
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