A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, baseia-se nas investigações da Polícia Federal, que alegam que o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro entregou dinheiro em uma sacola de vinho. O valor, que teria sido “obtido junto ao pessoal do agronegócio”, seria usado para financiar a prisão ou morte de Moraes.
Apesar da expectativa após o indiciamento, o comandante do Exército, general Tomás Miguel Paiva, não teria sido informado anteriormente sobre a prisão de Braga Netto, conforme apurado pelo Estadão. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também não foi comunicado antes da implementação da medida.
O Exército aguardava a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizar a denúncia. A manifestação da PGR, de apoio à prisão preventiva, foi assinada na última terça-feira (10), mas divulgada apenas neste sábado. Ainda segundo o jornal, a partir da denúncia da PGR o Exército deverá aplicar sanções aos militares envolvidos, como a suspensão de promoções e restrição de transferências para outras regiões.
O estatuto de Braga Netto ser geral quatro estrelas, a mais alta patente do Exército, impõe implicações políticas para as Forças Armadas. Em nota, o Exército afirmou que está acompanhando as determinações da Justiça e colaborando com as investigações. A instituição reiterou que não se manifestou sobre processos prolongados por outros órgãos, “procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”.
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