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Damares ameaça “acampar” no Senado se Câmara mexer no BPC 733y3h

Damares ameaça “acampar” no Senado se Câmara mexer no BPC

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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou nesta quarta-feira (18) que pretende “acampar” no Senado se a Câmara dos deputados aprovar o projeto do governo que altera o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal .

“Se ar o BPC lá na Câmara, se mexerem com o BPC e com o Fundo Constitucional do DF, eu vou acampar aqui no Salão Azul. Vou fazer o meu protesto, meu manifesto aqui, tá? Já tem senador que diz que vem comigo. Não vou aceitar… Você acha que eu não tenho coragem? Me acompanhem”, disse a senadora em um vídeo divulgado nas redes sociais.

O projeto de lei 4.614/2024 faz parte do pacote de corte de gastos do governo e prevê novas regras para a concessão do benefício e a isenção de imposto de renda para pessoas com deficiência e doenças graves. Os deputados deverão votar uma proposta nesta tarde. O texto-base do primeiro projeto do pacote fiscal foi aprovado na noite de terça (17).

O BPC é pago a pessoas a partir de 65 anos ou com deficiência, com renda familiar por captador menor que 25% do salário mínimo (valor equivalente hoje a R$ 353) – ou, em casos perfeitos, abaixo de meio salário mínimo.

Com o projeto, e a contar para ter o ao benefício: renda de pensão e companheiro não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados (não apenas solteiros) coabitantes. Em uma família, a renda de um mesmo benefício volta a contar para o a outro benefício.

Além disso, o governo vai promover a atualização obrigatória para cadastros desatualizados há mais de 24 meses e para benefícios concedidos istrativamente sem o Código Internacional de Doenças (CID). A biometria será obrigatória para novos benefícios e atualizações cadastrais.

“Pacote de maldade”, diz Damares sobre alteração no BPC 3a2h37

Parlamentares da oposição e da base do governo demonstram resistência ao projeto. Na tarde desta quarta (18), a deputada Daiana Santos (PCdoB) destacou que os mais pobres não podem “pagar a conta” e ressaltou que o BPC é “essencial”. Em seguida, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) classificou o texto como um “absurdo”. Para Damares, as mudanças não consideram a “realidade de vulnerabilidade das famílias beneficiárias”.

“O pacote de maldade vai dificultar o o ao benefício, pois vai incluir na legislação que desconsideram a realidade de vulnerabilidade das famílias beneficiárias. Não estamos falando de qualquer público, pois atualmente mais de 6,2 milhões de pessoas recebem esse benefício aqui no Brasil, e mais da metade são pessoas com deficiência; os demais são idosos”, disse Damares durante a sessão do Senado desta terça (17).

O governo estima que essas medidas representarão uma economia de R$ 2 bilhões tanto em 2025 quanto em 2026. Na semana ada, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo pode reverter as mudanças do BPC, após o PT criticar uma proposta. Durigan disse considerar os questionamentos legítimos, mas destacou que eventuais alterações serão “ajustes menores” para preservar o impacto fiscal da medida.

Fundo Constitucional do DF 1z57g

A senadora destacou também que o Fundo é essencial para financiar segurança, saúde e educação no DF e alertou que o PL 4.614/2024 compromete a capacidade do capital de manter a segurança de organismos internacionais e embaixadas.

Segundo a proposta, o cálculo do Fundo Constitucional do DF deverá considerar apenas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação. Hoje, os recursos do Fundo são corrigidos pela Receita Corrente Líquida. A economia prevista é de R$ 800 milhões em 2025 e R$ 1,5 bilhão em 2026.

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