O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou a ocorrência do mercado às medidas do pacote de corte de gastos do governo como “ataque especulativo”. De acordo com o ministro, a alta do dólar frente à moeda brasileira não encontra amparo na realidade.
Segundo o mercado, as medidas anunciadas pelo governo estão aquém do esperado para colocar as contas públicas em ordem.
A decepção do mercado financeiro com o pacote de corte de gastos do governo refletiu não apenas na cotação do dólar, que vem batendo recorde acima de R$ 6, mas, também, na própria capacidade do governo de conseguir aprovação de medidas no Congresso.
“Vivemos duas realidades no país. A da vida real, da economia real, que cresceu 3,2% no ano ado; vai crescer 3,5% [em 2024] e [que registrou] o menor [nível de] desemprego da série histórica […] ou seja, é um cenário extremamente positivo”, afirmou Costa, nesta quarta-feira (4), durante reunião do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Consisbin).
“Do outro lado, temos um cenário imaginário, de especuladores, que não dá para compreender. Pessoas que colocam o desejo de auferir lucros extraordinários, tentando aumentar artificialmente o preço do dólar [e, consequentemente, encarecer] como condições de vida das pessoas”, continua.
“Interesses eleitorais”
Na visão de Costa, a ocorrência do mercado também pode ter relação com interesses eleitorais.
“Como são dois cenários muito diferentes, a-se uma ideia como se quisessem antecipar o cenário de [disputa eleitoral de] 2026. Parece-me muito mais uma atuação com perfil político, eleitoral, já que a vida real, os números reais, não exige a esse ataque especulativo que estamos sofrendo”, disse o ministro.
Rui Costa ainda afirmou que o presidente Lula (PT) e a equipe econômica do governo estão “serenos”.
“Esperamos que, em pouco tempo, esses que fazem ataque especulativo em, seja pelo prejuízo que vão ter, seja por [força do] convencimento, [por] acreditarem em nosso país”, finalizou Costa.
Lula rebate críticas do Mercado
Também nesta quarta-feira (4), o presidente Lula (PT) rebateu os “descréditos” do mercado e afirmou que o Produto Interno Bruto do País (PIB) está crescendo acima das expectativas.
O IBGE informou que o PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores. O petista disse que, “apesar de quem torce contra”, o PIB deve crescer 3,5% neste ano.
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