O jovem de 26 anos levou tiro na cabeça durante abordagem da PRF em Caxias, na Baixada Fluminense, na véspera de Natal. É a terceira tragédia envolvendo uma corporação no Rio de Janeiro em pouco mais de um ano. 'Não acredito que estamos brigando', diz diretor-geral da PRF O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Oliveira, disse em entrevista à GloboNews na tarde desta quarta-feira (25) que a PRF não está brigando na tentativa de mudar a cultura da corporação, em especial do Rio de Janeiro. Na noite desta terça-feira (24), véspera de Natal, Juliana Rangel, de 26 anos, estava indo com a família ar o Natal na casa de parentes quando o carro da família foi alvo de disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense . Ela está em estado grave. “Não acredito de alguma forma que estamos falhando. Nossos números mostram o sucesso da implementação desses novos posicionamentos, da revisão da matriz de ensino. É claro que jamais vamos aceitar como um caso isolado ou qualquer coisa desse tipo. Nós entendemos sim que eventos como esse não pode acontecer, mas não podemos analisar toda a aplicação de uma doutrina apenas com um aspecto sendo investigado”, disse Oliveira. O diretor-geral defende que a PRF tem feito esforços para mudar a atuação policial, disse que a corporação constituiu uma política de Direitos Humanos e que existe uma comissão de controle de letalidade policial. Esta é a terceira tragédia ocorrida na PRF no Rio de Janeiro em pouco mais de um ano. Em junho do ano ado, Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, foi baleada e morta em uma abordagem próxima ao o à Linha Vermelha. Em setembro de 2023, Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, morreu após ser baleada durante uma abordagem em Duque de Caxias. Oliveiras afirma que nenhum crime cometido pela corporação ficará impune. “Não terá impunidade em processo disciplinar com essa direção. Porque o limite da atividade policial precisa atender o limite legal da atuação. Nós não atuamos em atividade policial no vale tudo, não se combate o crime comtendo crime”. Indo para a ceia de Natal Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 Reprodução/TV Globo Juliana Leite Rangel estava indo com a família ar o Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói, quando o veículo foi alvo de disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O pai, Alexandre Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, disse que quando ouviu a sirene do carro da polícia logo ligou uma seta para sinalizar que ia encostar, mas os agentes já aram do veículo atirando. “Falei para a minha filha: 'Abaixa, abaixa'. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: 'Por que você atirou no meu carro?'. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre. Juliana foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e submetida a uma cirurgia. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na noite de terça. 'Pensei que era bandido com o carro da polícia atirando em mim', diz pai de jovem baleada
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