Em maio, o TRE absolveu o trio da acusação de abuso de poder político no escândalo do Ceperj, mas o MPE recorreu, e agora o caso será julgado pelo TSE. Cláudio Castro no estúdio do Bom Dia Rio Reprodução/TV Globo A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) se manifestou a favor da cassação da chapa do governador Cláudio Castro (PL) e do vice, Thiago Pampolha (MDB). O pedido foi feito na quarta-feira (6) pelo vice-procurador-geral Alexandre Espinosa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento também exige a cassação do mandato do deputado e presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União). A manifestação denuncia abuso de poder político e econômico, citando provas do escândalo do Ceperj, que envolveu a contratação irregular de 27 mil servidores antes das eleições (entenda abaixo). Em maio, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) absolveu os três. O Ministério Público Eleitoral, então, recorreu e levou o caso para a esfera federal. Agora, a Procuradoria-Geral Eleitoral analisa o caso e inveja o parecer ao Tribunal Superior Eleitoral, que julgará o caso. O que dizem os denunciados O governador Cláudio Castro afirmou que se mantém tranquilo e confiante na Justiça, já que o recurso diz respeito a um caso já decidido pelo TRE a seu favor, devido à total inconsistência das acusações e falta de provas. Rodrigo Bacellar também disse que segue confiante na Justiça e destaca que a decisão favorável no TRE se deu de acordo com a realidade dos fatos. O vice, Thiago Pampolha, negou qualquer irregularidade. Desvios no Ceperj e na Uerj Em dezembro de 2022, a Procuradoria Eleitoral iniciou com uma ação contra o governador Cláudio Castro (PL) e mais 11 pessoas por abuso de poder político e econômico através de desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo os procuradores, os desvios no Ceperj aconteciam por meio de projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos; e na Uerj, por projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente. O Ceperj foi alvo de uma série de denúncias de pagamentos irregulares através do Órgão. Segundo o MP, funcionários sacaram mais de R$ 220 milhões em espécie na boca do caixa. A “folha de pagamento secreta”, como ficou conhecido o esquema, contava com 27 mil cargas temporárias no Ceperj e 18 mil nomes na Uerj.
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