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STF torna réus nove pessoas por bloqueio de rodovia em SC após eleições de 2022 k391u

STF torna réus nove pessoas por bloqueio de rodovia em SC após eleições de 2022

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou uma denúncia contra nove pessoas acusadas de envolvimento no bloqueio de uma rodovia federal em Santa Catarina em 2022 após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais. Com a decisão unânime, os acusados ​​agora se tornam réus e arão a responder à ação penal.

O julgamento ocorreu no plenário virtual da Corte e teve votos específicos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A denúncia, apresentada em maio pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, acusa os acusados ​​de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“De maneira livre, consciente e voluntária, num movimento ideologicamente unido a vários outros deflagrados no país, praticaram bloqueio de estrada, reivindicando o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a decretação de intervenção militar”, escreveu Gonet na denúncia.

Conforme detalhado na denúncia, o grupo teria organizado um bloqueio na BR-470, em Rio do Sul (SC), utilizando blocos de concreto, toras de madeira e postes. Durante as manifestações, as pessoas exibiram faixas pedindo o fechamento do STF e a decretação de intervenção militar.

Moraes afirmou, ainda, que as evidências apontam para atos deliberados dos acusados ​​contra o resultado eleitoral e as instituições democráticas.

“São inconstitucionais as condutas e manifestações que têm a nítida exclusivamente de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, fundamentalmente ao regime democrático, quanto aquelas que pretendem destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbitrio, o desrespeito à Separação de Poderes e aos direitos fundamentais”, afirmou o ministro.

O magistrado também reforçou que as ações descritas, baseadas em violência e grave ameaça, buscavam abolir o Estado Democrático de Direito, uma prática que ele classificou como “criminosas e incompatíveis com os princípios republicanos”.

O caso agora avança para a fase de instrução penal, em que serão colhidas provas e depoimentos para que o tribunal decida pela denúncia ou absolvição dos acusados.

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