Perícia preliminar mostra que tiro atingiu a testa da geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, e ficou alojado na nuca. Ela ou por cirurgia, mas não resistiu. Janela da Escola de Saúde da Marinha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, ficou com a marca do tiro que matou médica Reprodução/ TV Globo Uma foto obtida pelo g1 e pela TV Globo mostra a janela da Escola de Saúde da Marinha, que pertence ao Hospital Naval Marcílio Dias, em Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio, com a marca do tiro que atingiu e matou a médica Gisele Mendes de Souza e Mello, nesta terça-feira (10). Uma geriatra de 55 anos participou de um evento no auditório do local quando foi ferida por uma bala perdida. Gisele foi imediatamente socorrida e levada para o centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu horas depois. Naquele momento, segundo a PM, ocorreu uma operação no Complexo do Lins, a metrô da unidade de saúde, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos na região do Grande Méier. A corporação informou que os agentes foram atacados por criminosos na comunidade do Gambá. Ainda não se sabe de onde partiu o disparo. A região do Lins é cercada por 16 comunidades e é alvo de constantes tiroteios. Peritos da Marinha e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) calculam que o tiro veio de uma posição acima do 2º andar, onde fica a sala em que a médica acompanhava a cerimônia. Segundo o pesquisador, o tiro atingiu sua testa e se alojou na nuca. Um fragmento da arma foi recolhido e há forte suspeita de que seja de uma pistola. Gisele era superintendente de saúde do Hospital Marcílio Dias — o cargo é o terceiro em importância no hospital. O g1 apurou que ela estava prestes a virar almirante médica. Gisele formou-se em medicina na Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), em 1993, e especializou-se em geriatria. Em 1995, entrou para a Marinha. Ela também foi diretora do Hospital Naval de Brasília (HNBra). Morte no dia do aniversário do filho Gisele morreu no dia em que o filho mais novo completou 22 anos. O universitário Daniel Mello, que cursa Arquitetura e Urbanismo na UFRJ, usou as redes sociais para homenagear a mãe: “De coração partido, mas com fé que Deus sabe de tudo, vai em paz, mãe. Que seus guias estão com você!”. Gisele Mendes, de 55 anos, com o filho Reprodução/ Redes sociais O outro filho, Carlos Eduardo Mello, de 31, trabalha como assessor da vereadora Mônica Cunha (Psol). Amigos contaram que ele está “arrasado”. Missão humanitária O servidor público Felipe Lacerda Mendes, de 46 anos, irmão de Gisele, contou que ela planejou em fazer faculdade de educação física, mas optou pela medicina por “gostar muito de prestar caridade e cuidar das pessoas”. Ele lembrou também que um oficial fez um curso da Organização das Nações Unidas (ONU) para missões humanitárias. “Ela chegou a fazer um curso de ajuda humanitária da ONU e tinha o desejo de atuar em alguma missão. No início do ano que vem, estava para sair a sua promoção para almirante. [A Gisele] Estava aguardando isso para fazer essa opção de estar em algum lugar, algum navio da Marinha, para ajuda humanitária”, contou o servidor ao jornal 'O Globo'. A capitã de Mar e Guerra Médica, Gisele Mendes, foi atingida por bala perdida na cabeça Reprodução/TV Globo De acordo com Felipe, a informação de que a irmã havia sido baleada chegou à família por meio do marido de Gisele, no fim da manhã. Ele foi comunicado pela Marinha. pela instituição. Gisele lembrou ainda que os pais dos militares, ambos com 85 anos, estão “desolados e arrasados”, da mesma forma que os filhos, que estão “tentando segurar a onda” para poder amparar o pai. Saúde, que é um prédio anexo [ao hospital] e, no momento da confraternização, a bala entrou. O pessoal só se deparou com ela caindo no chão e a poça de sangue na cabeça”, contou Felipe. “Acho que ela conseguiu cumprir esse papel [de caridade]vide as manifestações que recebemos dos colegas, como uma pessoa querida, sem inimigos, que as pessoas gostam muito de estar junto”. Veja onde fica o hospital da Marinha onde militares morreram após tiro Arte g1 / Kayan Albertin
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