Uma denúncia anônima levou a Corregedoria a abrir uma investigação e a verificar mais de 500 horas da atuação dos agentes envolvidos no caso. O Fantástico teve o com exclusividade a imagens do tour da propina O Fantástico teve o com exclusividade a imagens das corpos de policiais militares do Rio de Janeiro. São cenas que mostram os agentes recebendo dinheiro dos comerciantes da Baixada Fluminense. Toda sexta-feira, as equipes fizeram um rodízio para pegar os valores, um esquema que ficou conhecido como o “tour da propina”. Mesmo vigiados pelo equipamento, os PMs acreditaram que não seriam descobertos. “Eles olham por amostragem, não tem como olhar 50 mil, vamos botar, 20 mil policiais, que seja, 10 mil. Não tem como olhar 10 mil 'policiais', o que está fazendo”. O sistema ainda não permite realmente que as imagens registradas são verificadas o tempo todo, mas tudo fica arquivado na memória de câmeras. Uma denúncia anônima levou a Corregedoria a abrir uma investigação e a verificar mais de 500 horas da atuação desses PMs. feira, por seis meses. As viaturas se revezaram nas visitas a pelo menos 54 comerciantes em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os alvos poderiam ser depósitos de ferro-velho, de reciclagem, de bebidas, mercados, padarias e até bancos de pastel. Os agentes pediram dinheiro, mas a propina poderia ser paga em frutas ou com cerveja. acompanhou a entrega dos policiais e gravou os agentes em ação. Uma análise das câmeras corporais revelou que os PMs fizeram de tudo para tentar fugir das gravações: viravam as câmeras para o lado, tapavam a lente com as mãos, retiravam o equipamento, largavam dentro da viatura e até mesmo nas bases policiais. O Ministério Público pediu e a Justiça determinou a prisão de 22 policiais. Na quinta-feira (7), a Corregedoria da Polícia Militar prendeu 21 deles. O último foi entregue nesta sexta (08). Quatro trabalharam no mesmo batalhão. Os outros 18, foram divididos em batalhões na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana do Rio. Eles vão responder por corrupção iva. “Tudo é grave nessa situação. Muita gente pode dizer, 'ah, mas não existe violência nem grave ameaça', mas eram policiais militares, agentes do Estado, usando o equipamento do Estado num momento de serviço para praticar o crime. Já foi instaurada uma outra investigação para determinar eventuais responsabilidades do comando do batalhão”, explicou Paulo Roberto Cunha Jr, promotor do Ministério Público – RJ. O coronel Marcelo de Menezes, comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, afirmou que esse caso vai servir de exemplo para os “maus policiais de que eles não vão ficar impunes”. “As imagens são inaceitáveis, nos causaram indignação. Quero reafirmar aqui que a Polícia Militar do Rio de Janeiro é composta por homens e mulheres dignas, que trabalham todos os dias para proteger a população. A gente entende que essa ocorrência é um recado para os maus policiais de que eles não vão ficar impunes”, disse o coronel Marcelo de Menezes. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curto ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast ‘Prazer, Renata’ está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast ‘Bichos Na Escuta’ está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.
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