Perícia preliminar mostra que tiro atingiu a testa da geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, e ficou alojado na nuca. Médica da Marinha baleada no hospital morreu no dia do aniversário do filho Um médico da Marinha que foi atingido por um tiro dentro do Hospital Naval Marcílio Dias morreu no dia do aniversário de 22 anos do filho caçula, nesta terça-feira (10). O universitário Daniel Mello fez um desabafo nas redes sociais. “De coração partido, mas com fé que Deus sabe de tudo, vai em paz, mãe. Que seus guias estejam contigo!”. O outro filho dela, que trabalha como assessor jurídico da vereadora Mônica Cunha (Psol), fez um protesto nas redes. Ele questiona: “Quantos mais têm que morrer para essa guerra acabar? Quando vamos mudar os métodos, para finalmente mudarmos os resultados?”. Em seguida, ele cita a insegurança. “Precisamos entender que ninguém fica seguro no meio da desigualdade social que viola tantas necessidades básicas. Ontem foi minha mãezinha querida. E eu vou seguir dedicando a minha vida para que chegue o dia que isso não acontece nem com a mãe nem com o filho de mais ninguém”, completa ele. A geriatra, que tinha 55 anos, participou de um evento no auditório do local quando foi ferida por uma bala perdida. Gisele foi imediatamente socorrida e levada para o centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu horas depois. O corpo de Gisele será sepultado nesta quinta-feira (12) em uma cerimônia privada no Cemitério São Francisco Xavier, no período da tarde. O velório será para familiares, amigos e colegas da Força Naval. Durante o funeral, serão prestadas as devidas honras fúnebres, conduzidas pela Marinha do Brasil. Uma foto obtida pelo g1 e pela TV Globo mostra uma janela da Escola de Saúde da Marinha, que pertence ao Hospital Naval Marcílio Dias com a marca do tiro que atingiu e matou um médico. A imagem da janela pode ser vista no final desta reportagem. Gisele Mendes, de 55 anos, com o filho Reprodução/Redes sociais Naquele momento, segundo a PM, ocorria uma operação no Complexo do Lins, a metrôs da unidade de saúde, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos na região do Grande Méier. A corporação informou que os agentes foram atacados por criminosos na comunidade do Gambá. Ainda não se sabe de onde partiu o disparo. Peritos da Marinha e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) calculam que o tiro veio de uma posição acima do 2º andar, onde fica a sala em que a médica acompanhava a cerimônia. Segundo o pesquisador, o tiro atingiu sua testa e se alojou na nuca. Gisele era superintendente de saúde do Hospital Marcílio Dias — o cargo é o terceiro em importância no hospital. O g1 apurou que ela estava prestes a virar almirante médica. Janela da Escola de Saúde da Marinha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, ficou com a marca do tiro que matou médica Reprodução/ TV Globo
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